- GANSARAL
- CASA DE CULTURA | KAFFEE | COMEDORIA ALEMÃ
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O que, algo, aquilo, aqueles, lugares, coisas, sons, imagens, palavras, sentidos, ideias, princípios, fins, narrativas, histórias. Não negativo, o oposto da afirmação. Nós, pronome. Nós, três artistas em um lugar, Ponto Ateliê. Nós, linhas cruzadas, unindo, atando linhas, percursos. Pertencer, pertencer. Ter, possuir. Pertencimento, se considerar parte de algo. Herdar algo, algum pertencimento. Não pertencer, estranhar o algo. Heranças e perdas. Nós e eles, os que vieram antes e os que virão. Muitas narrativas não escritas entre as documentadas. Muitos fins como começos. Alguns incios são fins em si mesmos. Ensimesmados.
[Por Andrea Tavares]
O que, algo, aquilo, aqueles, lugares, coisas, sons, imagens, palavras, sentidos, ideias, princípios, fins, narrativas, histórias. Não negativo, o oposto da afirmação. Nós, pronome. Nós, três artistas em um lugar, Ponto Ateliê. Nós, linhas cruzadas, unindo, atando linhas, percursos. Pertencer, pertencer. Ter, possuir. Pertencimento, se considerar parte de algo. Herdar algo, algum pertencimento. Não pertencer, estranhar o algo. Heranças e perdas. Nós e eles, os que vieram antes e os que virão. Muitas narrativas não escritas entre as documentadas. Muitos fins como começos. Alguns incios são fins em si mesmos. Ensimesmados.
[Por Andrea Tavares]
A presente exposição apresenta uma das possibilidades da gravura em metal, um princípio de elaboração semelhante às etapas de uma construção arquitetônica, ou seja, de formas pensadas a partir de uma sobreposição de procedimentos visando estruturar um corpo de imagem. Esta coleção de gravuras foi desenvolvida como uma investigação gráfica que explora as semelhanças entre a gravação de linhas em matriz de cobre pelo sistema de água forte e a construção do maior edifício religioso da América Ibérica, a Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, grande centro de peregrinação religiosa no Brasil e um marco na paisagem local. Neste processo de representação as linhas são sobrepostas à maneira das estruturas em madeira que suportam moldes para concreto. Desta forma, estão representados, desde as primeiras montagens, a finalização da imensa cúpula e uma citação do barco que encontrou a imagem no rio representada em sua dupla leitura de nave. A ideia principal foi encontrar equivalências entre os processo de construção, tanto arquitetônica quanto da gravura por corrosão A série de 15 obras foi elaborada no formato de matriz de 40x60cm e impressa sobre papel Hahnemule. [Por George Rembrandt Gutlich]
[Por George Rembrandt Gutlich]
A presente exposição apresenta uma das possibilidades da gravura em metal, um princípio de elaboração semelhante às etapas de uma construção arquitetônica, ou seja, de formas pensadas a partir de uma sobreposição de procedimentos visando estruturar um corpo de imagem. Esta coleção de gravuras foi desenvolvida como uma investigação gráfica que explora as semelhanças entre a gravação de linhas em matriz de cobre pelo sistema de água forte e a construção do maior edifício religioso da América Ibérica, a Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, grande centro de peregrinação religiosa no Brasil e um marco na paisagem local. Neste processo de representação as linhas são sobrepostas à maneira das estruturas em madeira que suportam moldes para concreto. Desta forma, estão representados, desde as primeiras montagens, a finalização da imensa cúpula e uma citação do barco que encontrou a imagem no rio representada em sua dupla leitura de nave. A ideia principal foi encontrar equivalências entre os processo de construção, tanto arquitetônica quanto da gravura por corrosão A série de 15 obras foi elaborada no formato de matriz de 40x60cm e impressa sobre papel Hahnemule. [Por George Rembrandt Gutlich]
[Por George Rembrandt Gutlich]
Alemão tem o dom do grafite e quebra conceitos no cenário da arte urbana mundial. O artista brasileiro está a dar cartas dentro e fora do Brasil com os seus personagens grafitados. O poder criativo do artista alcançou já mais de 25 países e fez com que as suas obras fossem por duas vezes expostas no aclamado Museu do Louvre, em Paris, França.
Alemão tem o dom do grafite e quebra conceitos no cenário da arte urbana mundial. O artista brasileiro está a dar cartas dentro e fora do Brasil com os seus personagens grafitados. O poder criativo do artista alcançou já mais de 25 países e fez com que as suas obras fossem por duas vezes expostas no aclamado Museu do Louvre, em Paris, França.
Curadoria: Jacob Klintowitz
Cirton Genaro.
A escritura do mundo e a construção do mito Alguns raros artistas desafiam a lógica do mundo social e se tornam, apesar deles mesmos, paradoxais. Cirton Genaro é um destes. Como é possível elaborar uma pintura com a pincelada, a composição e o cuidado renascentista e ter como assunto os cenários da tragédia humana contemporânea? E, no entanto, estas cenas fronteiriças do abismo se revestem da dignidade da reflexão e do seu caráter paradigmático e simbólico. Em nenhum momento estamos diante do episódico. E, na minuciosa descrição do caos, o artista nos impregna de poesia oriunda do caráter simbólico de suas imagens. E a extrema qualidade pictórica de sua saga visual é, por si só, um símbolo, pois com a conquista humana da linguagem confronta a entropia. Certamente para Cirton Genaro, mestre pintor, não existem assuntos menores e menos nobres. E com esta atitude ele é exemplar das conquistas libertárias da arte: a nobreza não pertence ao assunto ou ao suporte, mas ao tema pictórico. E ao não ceder à tentação do consumo e a sua superficialidade perecível, ele se torna adepto da mais antiga tradição cultural conhecida, a da arte como narração do destino humano. É por esta filiação histórica que Cirton Genaro na sua pintura nos dá a sensação de que estamos diante de alguma coisa muito atual e, ao mesmo tempo, de que nos defrontamos com uma expressão do permanente. Ele está narrando o mundo. A sua arte é uma escritura. E esta escritura é filha de Cronos, pois é uma crônica, o registro do nosso percurso no tempo. Os arqueólogos do futuro poderão encontrar nessas pinturas sinais da nossa civilização. Em Cirton Genaro o cotidiano se torna mito. Com estes atributos a pintura de Cirton Genaro se apresenta como um elemento construtor da nossa visualidade. A qualidade é resultado – além da óbvia dedicação ao estudo – da crença de que a arte é fundamental na história das civilizações e que a função do artista se inicia com a responsabilidade do seu trabalho. Não se trata de carreira, mas de destino. Seria possível identificar em cada uma de suas invenções pictóricas elementos visuais que nos remetam diretamente para os arquétipos da formação do psiquismo, como o arco-íris, semicírculo que têm simbolizado a aliança entre os homens e os Deuses; o barraco em favela tornado Piet Mondrian, arte xamânica ; o canto da cidade contaminada, a margem, transformada pela riqueza cromática em à margem da vida. E, assim, se quisermos, sucessivamente, ao longo dessa iconografia. Entretanto, tenho a convicção de que basta para nós neste momento sabermos que estamos diante do que de melhor um artista pode fazer, transformar o seu testemunho em forma.
[Por Jacob Klintowitz]
Curadoria: Jacob Klintowitz
Cirton Genaro.
A escritura do mundo e a construção do mito Alguns raros artistas desafiam a lógica do mundo social e se tornam, apesar deles mesmos, paradoxais. Cirton Genaro é um destes. Como é possível elaborar uma pintura com a pincelada, a composição e o cuidado renascentista e ter como assunto os cenários da tragédia humana contemporânea? E, no entanto, estas cenas fronteiriças do abismo se revestem da dignidade da reflexão e do seu caráter paradigmático e simbólico. Em nenhum momento estamos diante do episódico. E, na minuciosa descrição do caos, o artista nos impregna de poesia oriunda do caráter simbólico de suas imagens. E a extrema qualidade pictórica de sua saga visual é, por si só, um símbolo, pois com a conquista humana da linguagem confronta a entropia. Certamente para Cirton Genaro, mestre pintor, não existem assuntos menores e menos nobres. E com esta atitude ele é exemplar das conquistas libertárias da arte: a nobreza não pertence ao assunto ou ao suporte, mas ao tema pictórico. E ao não ceder à tentação do consumo e a sua superficialidade perecível, ele se torna adepto da mais antiga tradição cultural conhecida, a da arte como narração do destino humano. É por esta filiação histórica que Cirton Genaro na sua pintura nos dá a sensação de que estamos diante de alguma coisa muito atual e, ao mesmo tempo, de que nos defrontamos com uma expressão do permanente. Ele está narrando o mundo. A sua arte é uma escritura. E esta escritura é filha de Cronos, pois é uma crônica, o registro do nosso percurso no tempo. Os arqueólogos do futuro poderão encontrar nessas pinturas sinais da nossa civilização. Em Cirton Genaro o cotidiano se torna mito. Com estes atributos a pintura de Cirton Genaro se apresenta como um elemento construtor da nossa visualidade. A qualidade é resultado – além da óbvia dedicação ao estudo – da crença de que a arte é fundamental na história das civilizações e que a função do artista se inicia com a responsabilidade do seu trabalho. Não se trata de carreira, mas de destino. Seria possível identificar em cada uma de suas invenções pictóricas elementos visuais que nos remetam diretamente para os arquétipos da formação do psiquismo, como o arco-íris, semicírculo que têm simbolizado a aliança entre os homens e os Deuses; o barraco em favela tornado Piet Mondrian, arte xamânica ; o canto da cidade contaminada, a margem, transformada pela riqueza cromática em à margem da vida. E, assim, se quisermos, sucessivamente, ao longo dessa iconografia. Entretanto, tenho a convicção de que basta para nós neste momento sabermos que estamos diante do que de melhor um artista pode fazer, transformar o seu testemunho em forma.
[Por Jacob Klintowitz]
Curadoria: Jacob Klintowitz
O fragmento da narrativa é uma narrativa.
É preciso notar o quanto é encantadora a leitura do mundo que a arte de Heidi Diniz faz. A artista identifica as partes do todo, o detalhe do plano geral, o fragmento da narrativa, e com esta minúcia, essa coisa isolada do todo e que, por isso mesmo, nos lembra da totalidade, não reconstrói o mundo. Ao contrário, ela o descontrói, mas acrescenta dezenas de novos universos ao cosmo existente e visível. Cada detalhe é um ser independente. Heidi Diniz tem o olhar dos artistas metafísicos, pois torna o tempo uma entidade imóvel. A sua obra é o percurso de um procedimento mental e analítico. Nada se move, apenas está diante de nós uma imagem, um objeto ao qual não se agrega valor, história particular, passado ou qualquer tipo de prognóstico. Eles não estão projetados no tempo, pois são o que são. É um estar eterno. O fragmento da narrativa é uma narrativa. O olhar da artista encontra uma estrutura arquitetônica com a qual o seu sentimento se identifica e para entender melhor esta construção, a casa, e a si mesmo, o corpo e a mente, observa parte por parte, desmonta as conexões e vê os detalhes como formas únicas, independentes, autônomas. Desmembra a casa, disseca o corpo, atomiza o olhar e a mente. A história da casa e a história do ser. Este procedimento analítico, paradoxalmente sentimental, de Heidi Diniz é a ação do artista que transforma as suas vivências em histórias simbólicas e proféticas de nossa época, na qual o indivíduo permanentemente está anulado pela estrutura do permanente, a organização piramidal social, a rigidez dos elementos e rituais da vida cotidiana. Em Heidi Diniz a pesquisa é uma verificação do regulamento opressor. Desmontar peça por peça é extinguir a onipresença majestosa do conjunto, daquilo que existe como estrutura definitiva e examiná-la com o olho e o vislumbre da intuição. Desmontadas, as peças são apenas visualidades, seres autônomos, sem história, sem conexões. Seres ontológicos anteriores à função. Não têm o formidável poder ideológico que o conjunto, como entidade pronta, fechada, absoluta, tem. O castelo, constante símbolo do fechamento, isolamento, opressão. O confinamento do homem triste e solitário. Individualizadas, cada uma de per si, as formas são aparentemente inofensivas em seu confronto com o conceito ameaçador e hermético do castelo com o seu fosso, a muralha, a torre dos prisioneiros. Maçaneta, vaso sanitário, caixa de perfumaria, toalha, porta, conduto de lixo, piso, torneira. Peças inocentes, mas guerreiros temíveis. Centenas de gravuras e colagens de tecido com detalhes do espaço doméstico. Cada detalhe vale por si mesmo, como uma forma plena e completa. A técnica de alta qualidade a serviço do sentimento. Gravura em metal, colagem de tecidos. A artista faz e refaz o tecido policromático do seu psiquismo.
[Por Jacob Klintowitz]
Curadoria: Jacob Klintowitz
O fragmento da narrativa é uma narrativa.
É preciso notar o quanto é encantadora a leitura do mundo que a arte de Heidi Diniz faz. A artista identifica as partes do todo, o detalhe do plano geral, o fragmento da narrativa, e com esta minúcia, essa coisa isolada do todo e que, por isso mesmo, nos lembra da totalidade, não reconstrói o mundo. Ao contrário, ela o descontrói, mas acrescenta dezenas de novos universos ao cosmo existente e visível. Cada detalhe é um ser independente. Heidi Diniz tem o olhar dos artistas metafísicos, pois torna o tempo uma entidade imóvel. A sua obra é o percurso de um procedimento mental e analítico. Nada se move, apenas está diante de nós uma imagem, um objeto ao qual não se agrega valor, história particular, passado ou qualquer tipo de prognóstico. Eles não estão projetados no tempo, pois são o que são. É um estar eterno. O fragmento da narrativa é uma narrativa. O olhar da artista encontra uma estrutura arquitetônica com a qual o seu sentimento se identifica e para entender melhor esta construção, a casa, e a si mesmo, o corpo e a mente, observa parte por parte, desmonta as conexões e vê os detalhes como formas únicas, independentes, autônomas. Desmembra a casa, disseca o corpo, atomiza o olhar e a mente. A história da casa e a história do ser. Este procedimento analítico, paradoxalmente sentimental, de Heidi Diniz é a ação do artista que transforma as suas vivências em histórias simbólicas e proféticas de nossa época, na qual o indivíduo permanentemente está anulado pela estrutura do permanente, a organização piramidal social, a rigidez dos elementos e rituais da vida cotidiana. Em Heidi Diniz a pesquisa é uma verificação do regulamento opressor. Desmontar peça por peça é extinguir a onipresença majestosa do conjunto, daquilo que existe como estrutura definitiva e examiná-la com o olho e o vislumbre da intuição. Desmontadas, as peças são apenas visualidades, seres autônomos, sem história, sem conexões. Seres ontológicos anteriores à função. Não têm o formidável poder ideológico que o conjunto, como entidade pronta, fechada, absoluta, tem. O castelo, constante símbolo do fechamento, isolamento, opressão. O confinamento do homem triste e solitário. Individualizadas, cada uma de per si, as formas são aparentemente inofensivas em seu confronto com o conceito ameaçador e hermético do castelo com o seu fosso, a muralha, a torre dos prisioneiros. Maçaneta, vaso sanitário, caixa de perfumaria, toalha, porta, conduto de lixo, piso, torneira. Peças inocentes, mas guerreiros temíveis. Centenas de gravuras e colagens de tecido com detalhes do espaço doméstico. Cada detalhe vale por si mesmo, como uma forma plena e completa. A técnica de alta qualidade a serviço do sentimento. Gravura em metal, colagem de tecidos. A artista faz e refaz o tecido policromático do seu psiquismo.
[Por Jacob Klintowitz]
Artista convidado: Alcindo Moreira Filho.
Curadoria: Norberto Stori.
Na exposição “ENCONTROS: CAFÉ COMO MEDIADOR POÉTICO”, Fátima Lourenço, Graciela Wakizaka, Heloize Rosa, Isabel Pochini e San Bertini homenageiam o artista Alcindo Moreira Filho, que a partir da década de 1970 desenvolveu trabalhos cujo tema principal era o café e seus derivados, em suportes bidimensionais, tridimensionais, assemblagens e instalações. Para tanto, as artistas criaram obras em diferentes técnicas e suportes com suas linguagens pessoais, onde as inquietações artísticas se fazem presentes com a exploração do café, em todas as suas variações. O objetivo desta exposição é muito mais do que um encontro entre elas, como fazem cotidianamente em seus amigáveis e sensíveis diálogos, acompanhados de café. Convidam o público a fruir suas obras em outro espaço, e através deste deslocamento ampliar o diálogo e a interação com mais pessoas. Nesta busca do encontro com a arte, as artistas se propõem a derrubar barreiras, ampliar suas pesquisas artísticas e reflexões e percorrer novos caminhos. A exposição visa sensibilizar, acolher e mobilizar o observador com as várias possibilidades artísticas e abrir a oportunidade do encontro real: artista versus público. As obras são sugestões, sonhos, memórias e encontros elaborados com o voo livre da criação.
[Por Norberto Stori]
Artista convidado: Alcindo Moreira Filho.
Curadoria: Norberto Stori.
Na exposição “ENCONTROS: CAFÉ COMO MEDIADOR POÉTICO”, Fátima Lourenço, Graciela Wakizaka, Heloize Rosa, Isabel Pochini e San Bertini homenageiam o artista Alcindo Moreira Filho, que a partir da década de 1970 desenvolveu trabalhos cujo tema principal era o café e seus derivados, em suportes bidimensionais, tridimensionais, assemblagens e instalações. Para tanto, as artistas criaram obras em diferentes técnicas e suportes com suas linguagens pessoais, onde as inquietações artísticas se fazem presentes com a exploração do café, em todas as suas variações. O objetivo desta exposição é muito mais do que um encontro entre elas, como fazem cotidianamente em seus amigáveis e sensíveis diálogos, acompanhados de café. Convidam o público a fruir suas obras em outro espaço, e através deste deslocamento ampliar o diálogo e a interação com mais pessoas. Nesta busca do encontro com a arte, as artistas se propõem a derrubar barreiras, ampliar suas pesquisas artísticas e reflexões e percorrer novos caminhos. A exposição visa sensibilizar, acolher e mobilizar o observador com as várias possibilidades artísticas e abrir a oportunidade do encontro real: artista versus público. As obras são sugestões, sonhos, memórias e encontros elaborados com o voo livre da criação.
[Por Norberto Stori]
Organização: Sérgio Jacobowitz
Curadoria: Oscar D’Ambrosio
As imagens de Hannelore Jacobowitz cativam pela intensa força que transmitem. Por meio de desenhos e colagens, ou pelo uso do lápis pastel, seu trabalho traz à tona diversos aspectos do ser humano. São uma espécie de radiografia da vida. As questões que vêm à tona são próprias da essência humana sobre nosso sentimento de estar no mundo. A solidão, a opressão nas mais variadas situações e o desvendamento da alma surgem à medida que são contempladas obras que indagam a todo instante. Um requinte de composição se mostra no vigor para evidenciar os sentimentos mais escondidos em cada um de nós. O visceral se faz presente. Cada momento é de questionamento perante um universo em que as dificuldades são evidentes. Surge assim uma construção poética densa de prazerosa assimilação garantida para aqueles que indagam o sentido daquilo que chamamos de jornada da existência.
[Por Oscar D’Ambrosio]
Organização: Sérgio Jacobowitz
Curadoria: Oscar D’Ambrosio
As imagens de Hannelore Jacobowitz cativam pela intensa força que transmitem. Por meio de desenhos e colagens, ou pelo uso do lápis pastel, seu trabalho traz à tona diversos aspectos do ser humano. São uma espécie de radiografia da vida. As questões que vêm à tona são próprias da essência humana sobre nosso sentimento de estar no mundo. A solidão, a opressão nas mais variadas situações e o desvendamento da alma surgem à medida que são contempladas obras que indagam a todo instante. Um requinte de composição se mostra no vigor para evidenciar os sentimentos mais escondidos em cada um de nós. O visceral se faz presente. Cada momento é de questionamento perante um universo em que as dificuldades são evidentes. Surge assim uma construção poética densa de prazerosa assimilação garantida para aqueles que indagam o sentido daquilo que chamamos de jornada da existência.
[Por Oscar D’Ambrosio]
Organização: Rosemary Panossian
Curadoria: Elvira Vernaschi e Murilo Krammer.
O GANSARAL Casa de Cultura presta neste início de 2020 uma justa e merecida homenagem a Luís Castañón, no formato de uma pequena Retrospectiva com 25 obras em aquarela e pintura, produzidas entre 2000 e 2018. Artista essencialmente da aquarela na qual se pode detectar sinais inequívocos de rigor técnico e ao mesmo tempo do amor à arte que demonstrou durante toda sua vida. Suas obras são uma forma de conhecermos os caminhos do artista na busca de uma genuína manifestação do poder criativo; quais técnicas e materiais utilizou. Fugindo das generalizações chegamos àquilo que revela seu pensamento, ideia ou ponto de vista, seja pela vertente do racional ou por aquela do emocional, as especificidades e o resultado final, foco de sua busca, em cada uma e na totalidade de sua produção. Os caminhos de Luís Castañón nos indicam, nos apontam direções vigorosas e harmoniosas que despertam admiração e prazer. Falo aqui da expressividade, da perfeição técnica e do magnifico emprego das cores. Ao ver formas bem delineadas enxergamos mais além, enxergamos impressionantes nuances possibilitadas pela aquarela vertidas sobre o papel. Cores ele domina muito bem, como um maestro em um vibrato profundo de ondulações precisas e expressivas.
[Por Elvira Vernaschi]
Organização: Rosemary Panossian
Curadoria: Elvira Vernaschi e Murilo Krammer.
O GANSARAL Casa de Cultura presta neste início de 2020 uma justa e merecida homenagem a Luís Castañón, no formato de uma pequena Retrospectiva com 25 obras em aquarela e pintura, produzidas entre 2000 e 2018. Artista essencialmente da aquarela na qual se pode detectar sinais inequívocos de rigor técnico e ao mesmo tempo do amor à arte que demonstrou durante toda sua vida. Suas obras são uma forma de conhecermos os caminhos do artista na busca de uma genuína manifestação do poder criativo; quais técnicas e materiais utilizou. Fugindo das generalizações chegamos àquilo que revela seu pensamento, ideia ou ponto de vista, seja pela vertente do racional ou por aquela do emocional, as especificidades e o resultado final, foco de sua busca, em cada uma e na totalidade de sua produção. Os caminhos de Luís Castañón nos indicam, nos apontam direções vigorosas e harmoniosas que despertam admiração e prazer. Falo aqui da expressividade, da perfeição técnica e do magnifico emprego das cores. Ao ver formas bem delineadas enxergamos mais além, enxergamos impressionantes nuances possibilitadas pela aquarela vertidas sobre o papel. Cores ele domina muito bem, como um maestro em um vibrato profundo de ondulações precisas e expressivas.
[Por Elvira Vernaschi]
Organizadora: Vânia Machado
Proposta: Café na montanha
Tendência alternativa de arte, onde o objetivo maior é a comunicação entre redes de artistas por meio do
intercâmbio de propostas criativas. Esta comunicação se dá através do sistema postal convencional ou eletrônico. É um fenômeno complexo e extremamente abrangente, onde se incluem técnicas e suportes dos mais diversos: postais, adesivos, poesia visual, livros de artistas, selos, fax, vídeo, etc. Este movimento se caracteriza fundamentalmente pela liberdade de expressão e pelo conceito de comunicação, não se destinando ao consumo (apesar de inúmeras discussões neste sentido). Não há seleção ou jurados. As convocatórias são divulgadas através das redes de artistas e o convocante se compromete a exibir os trabalhos e a fornecer documentação adequada. As exposições podem ser temáticas ou não e a técnica a ser utilizada é livre. É estabelecida uma data para entrega dos trabalhos e em alguns casos as dimensões. Apesar da existência de algumas mostrar organizadas por instituições que definem regras, a Arte Postal ainda é uma forma possível dos artistas se manifestarem com total liberdade sem as amarras impostas pelo mercantilismo ou por tendências artísticas dominantes nos circuitos oficiais.
Artistas envolvidos na mostra:
Organizadora: Vânia Machado
Proposta: Café na montanha
Tendência alternativa de arte, onde o objetivo maior é a comunicação entre redes de artistas por meio do
intercâmbio de propostas criativas. Esta comunicação se dá através do sistema postal convencional ou eletrônico. É um fenômeno complexo e extremamente abrangente, onde se incluem técnicas e suportes dos mais diversos: postais, adesivos, poesia visual, livros de artistas, selos, fax, vídeo, etc. Este movimento se caracteriza fundamentalmente pela liberdade de expressão e pelo conceito de comunicação, não se destinando ao consumo (apesar de inúmeras discussões neste sentido). Não há seleção ou jurados. As convocatórias são divulgadas através das redes de artistas e o convocante se compromete a exibir os trabalhos e a fornecer documentação adequada. As exposições podem ser temáticas ou não e a técnica a ser utilizada é livre. É estabelecida uma data para entrega dos trabalhos e em alguns casos as dimensões. Apesar da existência de algumas mostrar organizadas por instituições que definem regras, a Arte Postal ainda é uma forma possível dos artistas se manifestarem com total liberdade sem as amarras impostas pelo mercantilismo ou por tendências artísticas dominantes nos circuitos oficiais.
Artistas envolvidos na mostra:
Friedensreich Regentag Hundertwasser nascido Friedrich Stowasser (Viena 16 de Dezembro de 1928 – 19 de Fevereiro de 2000) é seguramente o artista mais conhecido na Áustria, bem mais como o mais controverso. Neto do filósofo Joseph Maria Stowasser, este artista apaixonado pelo belo passa a maior parte do seu tempo a se fazer de médico da arquitetura, a recomendar vivamente a temperança ecológica e a odiar tanto a linha reta como a famosa União Europeia. Seu campo de atuação abrange amplamente as Artes Visuais e a Arquitetura, engajado no movimento da arquitetura orgânica moderna. O empirismo livre do seu pensamento intuitivo agride o conformismo dos detentores da cultura global: essas mensagens utópicas são consideradas provocativas, para não dizer subversivas.
[Por Pedro Augusto Diniz]
Friedensreich Regentag Hundertwasser nascido Friedrich Stowasser (Viena 16 de Dezembro de 1928 – 19 de Fevereiro de 2000) é seguramente o artista mais conhecido na Áustria, bem mais como o mais controverso. Neto do filósofo Joseph Maria Stowasser, este artista apaixonado pelo belo passa a maior parte do seu tempo a se fazer de médico da arquitetura, a recomendar vivamente a temperança ecológica e a odiar tanto a linha reta como a famosa União Europeia. Seu campo de atuação abrange amplamente as Artes Visuais e a Arquitetura, engajado no movimento da arquitetura orgânica moderna. O empirismo livre do seu pensamento intuitivo agride o conformismo dos detentores da cultura global: essas mensagens utópicas são consideradas provocativas, para não dizer subversivas.
[Por Pedro Augusto Diniz]